terça-feira, 24 de setembro de 2013

Não se turbe o vosso coração



"Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também. Mesmo vós sabeis para onde vou, e conheceis o caminho". João 14:1-4


Fica muito evidente a partir do nosso texto que não é da vontade do Senhor que algum de Seus servos tenha um coração atribulado. Ele não tem prazer algum na dúvida ou inquietude de Seu povo. Quando Ele viu isso por causa do que disse a eles, a tristeza encheu os corações dos Apóstolos, Ele suplicou-lhes em grande amor e rogou para que se consolassem. Como uma mãe consola seu filho, Ele clamou: “Não se turbe o vosso coração”. Jesus diz o mesmo para você, meu amigo, se você é um de Seus angustiados. Ele não quer lhe ver triste. “Console-se, console-se Meu povo; falem consolavelmente a Jerusalém” é o seu mandamento mesmo na antiga dispensação, e estou bastante certo sobre essa clara revelação, que o Senhor quer ter Seu povo livre da angústia.
O Espírito Santo não tem especialmente se encarregado do trabalho da consolação a fim de efetivamente fazê-lo? Tentativas deprimem os corações dos filhos de Deus, para as quais o mais terno ministério falha em consolar – e é então mais doce para o consolador imperfeito lembrar-se do Consolador perfeito – e confiar o caso do entristecido espírito nas mãos Divinas. Vendo que uma Pessoa da bendita Trindade se encarregou de ser o Consolador, podemos perceber quão importante é que nossos corações se encham de consolação. Alegre é a religião onde nosso dever é se alegrar! Bendito Evangelho pelo qual somos proibidos de turbar o nosso coração! Não é grandemente admirável que o Senhor Jesus tenha pensado tão cuidadosamente de Seus amigos naquela ocasião?
Grandes angústias pessoais podem muito bem ser uma desculpa se a tristeza dos outros é um pouco negligenciada. Jesus estava indo para Sua última agonia amarga e para a morte, e ainda derramou compaixão aos Seus seguidores. Se fosse você ou eu, pediríamos compaixão para nós mesmos. Nosso clamor teria sido: “Tenham pena de mim, Ó meus amigos, para que a mão de Deus me alcance!”. Mas, ao invés disso, nosso Senhor lança suas esmagadoras tristezas em terra e inclina Sua atenção para o trabalho de sustentar Seus escolhidos sobre suas tão inferiores tristezas. 

* excerto do sermão: Não se turbe o vosso coração - CH Spurgeon