quarta-feira, 25 de julho de 2012

O impostor que vive em mim

 
trechos do livro: O impostor que vive em mim - Brennan Manning


Sem querer, havia projetado em Deus os sentimentos que eu nutria a meu respeito. Sentia-me seguro com ele apenas quando me via como uma pessoa nobre, generosa e amável, sem cicatrizes, medos ou lágrimas. (...)

Cristãos que se escondem, continuam vivendo uma mentira. (…) Incapaz de ser franco, ele se protege, dissimula, procrastina e se cala pelo medo da rejeição. (…) A sobrevivência do falso “eu” gera o desejo compulsivo de apresentar uma imagem de perfeição diante do público, de maneira que todos nos admirem e ninguém nos conheça. (…)

O falso “eu” se envolve em experiências externas para dispor de uma fonte pessoal de significado. A busca por dinheiro, poder, glamour, proezas sexuais, reconhecimento e status potencializa a autovalorização e cria a ilusão de sucesso. O impostor é aquilo que ele faz . (…)

Se me pareço um estranho, também sou estranho aos outros.(…) O fariseu traiçoeiro dentro de nós evita os pecadores. Jesus se dirige a eles com a graça da benevolência. (…) A aspiração mais nobre e a tarefa mais exigente de nossa vida é nos tornarmos como Cristo. (…) o sinal característico do filho de Deus é a disposição de perdoar os inimigos. (…)

Qualquer pessoa que ao longo da história, tenha priorizado a lei, as regras e a tradição, e não o sofrimento dos outros, está na mesma situação [dos fariseus], acusando o inocente com a mesma arrogância. Quantas vidas foram arruinadas em nome da religiosidade tacanha e intolerante! (…)

Para o fariseu, Deus tem grande apreço pela pessoa que segue a Lei. Para Jesus a situação é diametralmente oposta. Ser aceito, apreciado e amado por Deus vem em primeiro lugar, motivando o discípulo a viver a lei do amor. ‘Nós o amamos por que Ele nos amou primeiro.’ (I Jo 4:19) (…)

 Abrir o coração a outra pessoa, parar de mentir sobre a solidão e os medos, ser honesto a respeito dos afetos e dizer aos outros o quanto são importantes – esta franqueza é o triunfo da criança sobre o fariseu e um sinal da presença ativa do Espírito Santo.


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